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Petite Fleur

Petite Fleur

WHO FRAMED STEP RABBIT?

Ao fim de décadas de um marasmo mais do que mediocre - que a "esquerda" não contesta porque sabe que a coisa começou canhota, e a "direta" aguenta porque reconhece a falta de destreza dos fulanos que, "faute de mieux", colocou em sucessivos governos e que continua a trazer ao colo devido aos "links"e interesses criados tão desajeitada e estupidamente que os escândalos explodem como minas - PORTUGAL é um país sem brio e ser português envergonha qualquer um que se aperceba minimamente das manobras com que se encobrem fragilidades e se alimentam jogadas eleitorais, num momento a que a maioria dos países já começam a pensar-se como países e não como tabuleiros de xadrez político.

Hoje, em desespêro de causa, tivemos uma coisa apelidada "The Lisbon Summit" - que foi em Cascais... - o que, traduzido para português significaria que em Cascais estava a ter lugar uma "cimeira", ou seja uma reunião de personalidades de topo para debatarem fosse lá o que fosse. Para isso foi convidado alguém do incontornável "Ecconomist" - revista ainda mais incontornável que os "incontornáveis" Santana e Vitorino que a SIC nos impinge -, e , além dos nossos do costume, uns tantos palradores de Língua inglesa para justificar que aquilo era mesmo um "summit" e não uma cimeira. Porém, fosse qual fosse o nome de baptismo, que se desse por isso - e corri os noticiários de vários países da Europa e fora dela - ninguém deu conta do evento. Contudo, graça lhes seja feita, vieram acudir, tentando pôr  gelo na fervura que a oposição prepara à custa da ousadia grega. Talvez não tenha valido a pena, a não ser para as televisões domésticas que com isso preencheram os seus programas e, quem sabe, talvez tenham pago a conta...

O facto é que o Governo desdobra-se em asneiras, não tanto no que faz  -porque provavelmente não consegue fazer melhor - mas nos comentários e em auto-defesas e agressividades eleitoralistas, não apenas contra a oposição como também contra o seu parceiro de coligação. Dá ideia que o supremo designio do Governo é garantir a vitória do PSD e o resto que ...se trame.

Que a Direita assuma o governo é o desejo compreensível de muitos portugueses que se revêm na tradição secular de um País que para se modernizar não se veja forçado a prostituir a sua identidade.

Mas não mais uma direita "à Cavaco" , uma "direita" de proveta - que nem direita é...- onde formiga uma mentalidade de lobby político/mediático que ameaça só terminar quando os sujeitos que por lá se fizeram desaparecerem, pela idade, do mundo dos vivos, ou porque o povo eleitor se fartou de tanto palavreado aliado a uma  incontornável incompetência. 

É certo que Socrates e Teixeira dos Santos deixaram o País no "prego" e que estes pobres coitados que ganharam as eleições não tinham competência para acudir a tal catástrofe, muito embora se tenham desperdiçado neste governo nomes que, ao serviço de uma política acertada -  que não tivesse à frente como PM um produto das "jotinhas" que discursa e esbraceja como um ditador e governa como um pedinte- teriam decerto feito aquilo que sem êxito têm vindo a tentar.

É o caso dós ministros da Saúde e da Educação, e seria o caso do da Economia se o CDS não fosse permanente e subrepticiamente estigmatizado pela maioria PSD.

 A verdade é que não temos um partido de Direita nem temos à Esquerda alguém com o nível do ministro grego que, por maior que possa ser a derrota, se atreveu a enfrentar a "europa" do dinheiro. Louçã poderia tê-lo feito e dificilmente se percebe porque se distanciou da política. A menos que punhamos os olhos no que sobrou do BE...

Passos Coelho - cujo ritmo discursivo, misturado com o vazio argumentativo e com o espanejar de mãos se tornou insuportável - não irá deixar vitórias ou derrotas e nem sequer saudades.

A menos que a "europa" lhe pegue para um daqueles lugares de "testa de ferro" em que os países evitam comprometer nomes seus, Step Rabit está politicamente arrumado

 

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